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Tecendo a Ancestralidade: Oficinas de Agbê encerram com celebração cultural em Manaus

  • Foto do escritor: Manauarou
    Manauarou
  • 31 de jul.
  • 2 min de leitura

Após um mês de encontros potentes, o projeto “Tecendo a Ancestralidade” encerra suas atividades neste sábado, 2 de agosto, na Casa Teatro Taua-Cáa, na zona norte de Manaus. A iniciativa promoveu a valorização dos saberes afro-brasileiros por meio de oficinas gratuitas dedicadas à confecção e aos toques do agbê, instrumento percussivo afro-brasileiro carregado de memória e resistência.

Foto: Jessica Oliveira
Foto: Jessica Oliveira

Foram cinco encontros realizados em diferentes bairros de Manaus, que reuniram cerca de 150 participantes, incluindo jovens, adultos, crianças e idosos, para compartilhar saberes e vivências das práticas culturais afro-amazonenses. O projeto foi contemplado pelo Edital Macro 002/2024 do Conselho Municipal de Cultura, por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), e integrou o Programa de Cultura Itinerante da Prefeitura de Manaus, com apoio do Ministério da Cultura. A iniciativa teve como objetivo fortalecer os saberes tradicionais afro-brasileiros e democratizar o acesso às práticas culturais populares.

Idealizado e conduzido pela mestra de cultura Susana Cláudia Freitas, em parceria com o Coletivo Cocada Baré e a Caldo Negro Produções, o projeto não apenas ensinou a técnica de confeccionar o instrumento com cabaças e miçangas, como também promoveu vivências afetivas, intergeracionais e marcadas pela ancestralidade. “Foi maravilhoso. Ainda estou reverberando tudo isso”, compartilha Susana. “A dedicação deles me emocionou: crianças, idosos, todos presentes, com carinho, sorrisos, atenção. Isso mexe com a memória, com a matemática, com a paciência. E com o coração. A gente precisa de mais edições como essa.”

O oficineiro Ronald Cristian destacou o aspecto terapêutico da experiência: “Confecionar agbê é um ato de resistência, sim, mas também de afeto. A gente aprendeu juntos, ouviu o outro, construiu saberes coletivamente. É uma cultura que se pratica, não só se fala.” O agbê, também conhecido como xequerê ou abê, é um instrumento de origem africana, composto por uma cabaça envolta em uma rede de miçangas, e está presente em ritmos como maracatu, samba, coco e ijexá. Tradicionalmente associado ao universo feminino, o agbê simboliza movimento, espiritualidade e abertura de caminhos.

A última aula será aberta ao público e encerrará o ciclo com uma roda cultural marcada por ritmos, danças e celebração da cultura negra.


SERVIÇO


Encerramento das oficinas “Tecendo a Ancestralidade”

Onde: Casa Teatro Taua-Cáa

Endereço: Rua Santa Eliana, 19 – Santa Etelvina

Horário: 9h da manhã

Acesso: Gratuito e aberto ao público

Mais informações: (92) 98240-0170 | @cocadabare @susanaclaudiade @caldonegroproducoes

 
 
 

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