top of page

Amassunu: a ancestralidade pop da cena manauara

  • Foto do escritor: Manauarou
    Manauarou
  • 6 de jul.
  • 3 min de leitura
Dan Stump, Gabi Farias, Anne Jezini
Dan Stump, Gabi Farias, Anne Jezini

Nos dias 22 e 23 de julho, o Teatro Amazonas será palco de um dos encontros mais potentes da música produzida no Norte do país: o espetáculo “Amassunu”, que integra a programação da Série Encontro das Águas 2025, promovida pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Unindo artistas da cena musical manauara à Orquestra de Câmara do Amazonas, o espetáculo é uma ode à ancestralidade, à força da floresta e à criação coletiva contemporânea que pulsa na cidade.

Com curadoria de Agenor Vasconcelos, arranjos de César Lima, desenho de luz de Tabbatha Mello e direção artística dos maestros Marcelo de Jesus e Átila de Paula, "Amassunu" se insere como uma obra híbrida que rompe fronteiras entre o erudito e o popular, entre o ancestral e o urbano. É música pop enraizada na oralidade e na memória, envolta pela densidade poética dos sons da floresta e das vozes dos povos tradicionais.

A força da cena musical manauara com a orquestra

A proposta do espetáculo é inovadora: reunir nomes como Gabi Farias, Dan Stump, Anne Jezini, Agenor Üremini, Dudu Brasil, Banda Moã e o grupo indígena Bayaroá para performar ao lado da Orquestra de Câmara em um formato inédito. Essa formação especial permite revisitar obras autorais dos artistas convidados com arranjos sinfônicos, trazendo novos sentidos e camadas sonoras às suas composições. Para a cantora Gabi Farias, uma das vozes mais reconhecidas da cena pop local, a oportunidade é especial:

"Tô muito feliz com a oportunidade de voltar pra casa e cantar no Teatro Amazonas, celebrando vozes contemporâneas e nossas próprias canções e trabalhos, numa formação que a gente tem pouca oportunidade de performar, que é com a Orquestra de Câmara no caso. É um privilégio mesmo! Tô muito feliz!"

O título do espetáculo, "Amassunu", vem do nheengatu e pode ser traduzido como "o que vem da chuva" — evocando fertilidade, transformação e os ciclos da natureza. É a partir dessa imagem que o espetáculo constrói sua dramaturgia sonora, atravessada por cantos indígenas, elementos visuais inspirados nos mitos amazônicos e canções que refletem uma Amazônia urbana, sensível, crítica e criativa. A presença de artistas indígenas como Bayaroá e Agenor Üremini reforça o compromisso do espetáculo com uma escuta verdadeira da ancestralidade e com a valorização das linguagens originárias. Ao mesmo tempo, a participação de artistas como Anne Jezini e Dan Stump, conhecidos por experimentarem as fronteiras da música pop e eletrônica, imprime à obra um caráter contemporâneo e inovador.

“Amassunu” é, portanto, mais que um show: é um ritual cênico-musical que propõe novas formas de se narrar a Amazônia, por meio da escuta e do encontro entre diferentes mundos. Um espetáculo que olha para o futuro sem esquecer de onde veio.

Série Encontro das Águas 2025
ree

Com mais de uma década de história, a Série Encontro das Águas é um dos projetos mais inovadores da cena cultural do estado. Neste ano, além de “Amassunu”, o evento traz espetáculos como o balé clássico “Giselle” (18 a 20 de julho), a imersão sonora em new metal com “Symphony of Chaos” (24 e 25 de julho), e o concerto pop sinfônico “Beyond the Symphony”, que homenageia o grupo BTS (26 e 27 de julho). Segundo o secretário de cultura Cândido Jeremias, a proposta da série é justamente essa fusão entre linguagens, gêneros e culturas: “Vamos ter a cultura pop, a música indígena, junto com a orquestra e com a música clássica. A ideia da Série Encontro das Águas é justamente essa mistura de diferentes vertentes da música brasileira.”


Serviço


Espetáculo “Amassunu” – Série Encontro das Águas 2025

Local: Teatro Amazonaa

Data: Dias 22 e 23 de julho

Horário: 20h

Ingressos: Bilheteria do Teatro ou ShopIngressos.com.br

 
 
 

Comentários


bottom of page